Manhã
reservada para explorar parte da Villa Borghese, o maior espaço
verde de Roma: um parque público de 688 hectares, com jardins,
estátuas, fontes, bosques, veredas, pavilhões e uma clepsidra. Este
espaço apresenta também vários museus, 3 dos quais de primeira
categoria, um zoo e uma casa de chá.
Visita
à GALLERIA BORGHESE, um dos melhores pequenos museus do mundo. Reúne
sob o mesmo teto obras de Bernini e Caravaggio, bem como outras peças
clássicas, renascentistas e neoclássicas. O cenário é a belíssima
villa do séc. XVII, decorada com frescos e inserida na paisagem
verde da villa Borghese que pertenceu outrora ao cardeal Scipione
Borghese, mecenas dos jovens Caravaggio e Bernini.
Apolo
e Daphne, de Bernini, que representa a ninfa Dafne de cabelo agitado
pelo vento, com folhas de louro a brotarem dos seus dedos estendidos,
raízes a nascerem dos seus pés e casca de árvore envolvendo o seu
corpo delicado. Foi assim que o escultor retratou a sua transformação
em loureiro para não ser raptada por Apolo.
O
rapto de Perséfone, outra obra de Bernini, que representa Plutão,
deus dos infernos a raptar Perséfone, filha de Céres, para que ela
se torne sua noiva, enquanto Cérbero, o cão de três cabeças que
guarda as portas do inferno tudo observa, para que a pretensão do
seu dono seja conseguida. Nesta escultura é marcante o contraste
entre a musculatura de Plutão e o delicado e dócil corpo de
Perséfone, cujas macias ancas cedem à pressão da mão do divino
amante.
David,
também de Bernini, capta o momento em que o jovem David, de aspeto
tenso e ameaçador está prestes a lançar a pedra que matou Golias.
O escultor reproduziu em David o seu próprio rosto. Este David foi a
resposta barroca ao David de Miguel Ângelo.
Vénus
Victrix (Vénus, a conquistadora), é a obra mais provocante da
Galeria Borghese. O escultor António Canova representou Pauline
Borghese, irmã de Bonaparte, como Vénus Victrix. A imagem de
Pauline, seminua e reclinada num canapé, perturbava todos quantos a
viam, que o seu marido chegou a escondeu a estátua e a impedir
Canova de a ver.
Na
pinacoteca estão guardadas soberbas pinturas do barroco e do
renascimento, incluindo a deposição, de Rafael, vários trabalhos
de Caravaggio, Dánae de Correggio e trabalhos de Rubens e Ticiano,
entre outros…
Passagem
pela PIAZZALE DEI CAVALLI MARINI, pela PIAZZA DI SIENA, anfiteatro
relvado onde, em maio, se realiza a feira hípica internacional de
Roma, pelo TEMPIETTO DE DIANA, de planta circular, pelo TEMPLO DE
ESCULÁPIO (imitação de um templo jónico dedicado ao deus grego da
saúde, Esculápio, projetado por Antonis Aspurucci, no séc.
XVIII), terminando nos JARDINS DO PÍNCIO, um dos locais favoritos
dos romanos, decorado com estátuas de grandes figuras nacionais, com
uma bela visita sobre Roma e sobre a Piazza del Popolo.
Visita
a SANTA MARIA DEL POPOLO, uma das principais igrejas renascentistas
de Roma, construída sobre o túmulo de Nero. Pinturicchio e os seus
discípulos pintaram frescos em duas capelas e as abóbadas. Bramante
construiu o coro e a abside em forma de vieira. Marcillat criou um
vital onde descreve a infância de Cristo e a vida da virgem. Rafael
criou a capela Chigi, uma combinação de motivos sagrados e
profanos, com túmulos em forma de pirâmide e um teto em mosaico
representando Deus segurando os signos do zodíaco. Rafael faleceu
antes de concluir a capela, tendo esta sido acabada por Bernini, que
acrescentou as estátuas de Daniel e Habakkuk. Na igreja também
podem ser apreciadas duas pinturas realistas de Caravaggio: a
conversão de São Paulo e a Crucificação de São Pedro.
Depois
de apreciarmos a PORTA DEL POPOLO, que Miguel Ângelo usou o Arco de
Tito como modelo para este portal e a PIAZZA DEL POPOLO, considerada
a elegante sala de estar pública de Roma, e cuja fonte central se
encontra em obras, deslocámo-nos pelas Vias del Babuino e Margutta,
duas ruas especializadas em galerias e antiguidades, e eis-nos
chegadas à PIAZZA DI SPAGNA, apinhada de turistas, com a sua
SCALINATA DE SPAGNA (a ampla e elegante escadaria no estilo rococó),
a IGREJA TRINITÁ DEI MONTI no seu cimo (novamente em obras) e a
FONTANA BARCACCIA aos seus pés (irónica fonte de um barco que se
afunda, que vaza água em vez de jatos ou borrifos, projetada por
Pietro e esculpida pelo seu filho Bernini).
De
seguida, deslocámo-nos pelas ruas estreitas e a descer, em direção
à FONTANA DI TREVI, a maior e mais famosa fonte de Roma, projetada
por Nicola Salvi, em 1762. As figuras centrais são Neptuno ladeado
por dois tritões que simbolizam os diferentes estados do mar, um
deles tenta domar um cavalo-marinho selvagem, enquanto o outro conduz
um animal mais dócil. Quem não se lembra da famosa cena de La
Dolce Vita, da Anita Ekberg a tomar banho na fonte. Para nosso
descontentamento, a fonte está em obras de limpeza.
Seguimos
em direção ao Panteão, com passagem pelas ruínas do TEMPLO DE
ADRIANO, construído em 145 d.C e onde subsistem 11 enormes colunas,
uma delas com uma cruz esculpida.
Paragem
obrigatória na loja BARTOLUCCI, onde as criações de contos de
fadas, incluem cavalos de baloiço e pinóquios. Os brinquedos,
relógios de corda e móveis são todos feitos em madeira pelos
artesãos.
Eis-nos
chegadas à PIAZZA DELLA ROTONDA, praça dominada por turistas,
cheias de esplanadas e carruagens de cavalos em torno da fonte de
Giacomo della Porta (1575), que sustenta um pequeno obelisco egípcio
dedicado a Ramsés II.
Nesta
praça está localizada uma das maravilhas do mundo, o PANTEÃO, o
único templo da Roma clássica, que sobreviveu aos milénios
virtualmente inalterado sob a aparência de igreja cristã de Santa
Maria ad Martyres. Concebido em 118-125 d.C., pelo Imperador Adriano,
um arquiteto amador, compreende a maior cúpula de alvenaria da
Europa que é exatamente tão alta como larga (43,3m), possui paredes
de 6,2m de espessura e o oculus de 8,3m de diâmetro fornece a
luz que dá ao Panteão a sua atmosfera etérea.
O
OBELISCO DO ELEFANTE, ali perto, é um exemplo da faceta divertida de
Bernini. Este elefante bebé, esculpido por Ercole Ferrata (1667), de
acordo com o projeto do seu mestre, suporta um pequeno obelisco
egípcio do séc. VI a.C.
PIE’
DI MARMO, é um pé de mármore que pertencia a uma estátua de um
templo dedicado a Isis, deusa egípcia.
Chegadas
à PIAZZA DI SANT’IGNAZIO, obra prima do urbanismo barroco, com
edifícios com paredes de reboco rosa e varandas de ferro. Aí
visitámos SANT’IGNAZIO DI LOYOLA, uma igreja barroca dos jesuítas,
concluída em 1685, com o interior coberto de pedras preciosas,
mármore, estuque e dourados. O mestre do trompe-l’oeil Andrea
Pozzo usou essa técnica para criar a ilusão de uma ampla cúpula.
Por cima de 4 mulheres que representam a Asia, a Europa, a América e
a Africa, anjos e bonitos jovens ascendem aos céus. Pozzo pintou
também o belo Glória de Santo Inácio na abóbada.
Passagem
pela PIAZZA DE SANT’EUTACHE com vista para a cúpula da IGREJA DE
SANT’ IVO, construída por Borromini, no séc. XVII, em direção a
SAN LUIGI DEI FRANCESI, a igreja nacional francesa, que possui
frescos de Domenichino (1616-17) e três grandes obras de Caravaggio:
o Anjo e São Mateus, o Martírio de São Mateus e o
Chamamento de São Mateus.
Prosseguimos
em direção à IGREJA DE SANT’AGOSTINO, para apreciarmos mais
Caravaggios. Nesta igreja pudemos ver também o profeta Isaías,
pintado por Rafael (1512) e a venerada e grávida Madonna del
Parto, escultura de Jacopo Sansovino.
De
seguida, para fugirmos ao calor, visitámos o PALAZZO ALTEMPS,
palácio do séc. XV, que alberga parte do “Museo nazionale
romano”, um dos mais importantes museus de arte clássica do
mundo. Possui estátuas clássicas nas suas salas decoradas com
frescos.
Paragem
na Cremeria Monteforte, gelataria com um Pinóquio de madeira
à porta, para saborearmos o melhor gelado de fragola
(morango) da cidade.
Visita
a SANTA MARIA SOPRA MINERVA, a única verdadeira igreja gótica da
cidade, do séc. XIII, foi construída sobre um templo dedicado a
Minerva. A arrojada estátua da Ascenção de Cristo, iniciada
por Miguel Ângelo, dá-nos um vigoroso retrato do salvador e os
frescos da capela Carafa, são da autoria de Filippino Lippi.
Visita
a IL JESÙ, construída no Séc. XVI, foi a primeira igreja jesuíta
de Roma. O interior da igreja é um verdadeiro assombro, a primeira
impressão é uma explosão de ouro banhada pelo sol. A decoração
do teto da nave e da cúpula, da autoria de Baciccia, descrevem o
Triunfo do Nome de Jesus, com a ascensão aos céus de anjos e
santos. O Triunfo da Fé sobre a Idolatria, em mármore branco, de
Pierre Legros e o túmulo de Ignácio, adornado com a maior pedra
lápis-lazúli do mundo também podem ser vistos neste local.
:)
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