Friday, September 8, 2017

Açores - Pela ilha cinzenta (Pico)

A ilha do Pico é um pequeno mundo cheio de segredos. O contraste entre as escarpas nuas de um antigo vulcão, os declives suaves da montanha e o extenso planalto com pequenas lagoas são de uma beleza incomparável. Em altitude, os terrenos apresentam-se relativamente montanhosos e com uma inclinação gradual a caminho do mar. Surgem grandes manchas de coberto florestal, particularmente de floresta endémica das caraterísticas das florestas Laurissilva, típicas da Macaronésia por entre parcelas de pasto. Estas florestas, muitas vezes apresentam uma concentração tão densa que as torna de quase impossível penetração.












A costa da ilha é recortada em pontas, baías, arcos de lava onde se salienta os Arcos de Cachorro, onde o mar penetra em turbilhão por túneis e recortes formados por lava sobrelevados por uma formação curiosa semelhante ao focinho de um cão.









São Roque do Pico é uma vila antiga, cujo porto comercial está ligado à atividade baleeira. Situado junto ao porto, está instalado na antiga Fábrica das Armações Baleeiras o Monumento ao Baleeiro – um bote com um “trancador” empunhando um arpão para o enviar a um cachalote. Uma homenagem àqueles que, durante dezenas de anos, se dedicaram à arriscada faina.
O Museu regional dos Baleeiros instalado nas originais casas dos botes, reúne uma colecção de Scrimshaw e utensílios usados na pesca da baleia.





















A montanha do Pico culmina na cratera do Pico Grande, onde se ergue o Pico Pequeno (ou Piquinho) cuja base por vezes emana fumarolas.


Erupções vulcânicas deram origem a extensões de lava negra, a que o povo dá o nome de “mistérios”. À custa de àrduo trabalho, os campos de lava são transformados em férteis pomares e vinhedos (o famoso verdelho). A Paisagem da Cultura do Vinho do Pico foi elevado a Património Mundial pela Unesco. A zona classificada inclui um notável padrão de muros lineares paralelos e perpendiculares à linha de costa rochosa, onde as vinhas são cultivadas em chão de lava. Os muros protegem os pequenos lotes retangulares (currais) da resalga proveniente da água do mar e do vento marítimo, mas deixando entrar o sol necessário à maturação das uvas.










A mata dos dragoeiros é um lugar fantástico.




É maravilhoso percorrer os caminhos pela zona de vinha da Criação Velha, tendo o Pico como pano de fundo e o mar em primeiro plano. 











O famoso Cellas Bar, com uma arquitetura original e uma boa integração na paisagem chama a atenção dos mais curiosos.






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