Friday, September 15, 2017

Açores - Pela Ilha verde (S.Miguel)

Açores um paraíso no meio do mar
Em pleno Atlântico, entre a América do Norte e a Europa, nove ilhas formam o arquipélago dos Açores.Cada ilha tem as suas especificidades com pormenores únicos que as distinguem, mas em comum têm o verde dos campos e o azul do oceano como pano de fundo e a beleza de uma natureza quase intocada. São um “pedaçinho do céu”.
Cada ilha é representada pela sua cor identificativa popularmente atribuída: Santa Maria a ilha amarela, devido às giestas e clima seco, São Miguel a ilha verde, devido aos seus pastos e matas, Terceira a ilha lilás, devido às inúmeras glicínias, Graciosa a ilha branca, devido às suas rochas claras, São Jorge a ilha castanha, devido às rochas, Pico a ilha cinzenta, devido à falta de vegetação da montanha, Faial a ilha azul, devido às inúmeras hortênsias, Flores a ilha rosa, devido às inúmeras azáleas e o Corvo a ilha negra, devido aos rendilhados de muro de pedra preta.
O tempo foi pouco para descobrir quatro das nove ilhas que formam o arquipélago.

A aventura começa na ilha de S. Miguel
Ponta Delgada é uma cidade plana, desenvolvendo-se paralelamente à baía natural sobre a qual se debruça. É uma amálgama de estilos e concepções urbanísticas. As Portas da cidade localizam-se na freguesia de São Sebastião no concelho de Ponta Delgada, e são constituídas por três grandes e perfeitos arcos. No centro apresentam o brasão das armas da cidade, executados em cantaria de pedra basáltica, típica da região. Diz-se que quem passar pelo arco do meio vai ficar apaixonado pelas ilhas para sempre.








Docinhos deliciosos na pastelaria Louvre.










Os jardins (parques botânicos) – jardim José do Canto, Jardim de SantÁna e o Jardim António Borges merecem uma visita e um olhar atento.
A história deste belo parque botânico - José do Canto - começou com um dos mais abastados homens de S.Miguel, José do Canto e a sua paixão pela natureza. Encomendou em Londres a planta para o parque, angariou espécies exóticas para o se jardim. Hoje em dia continua a ser um espaço de grande interesse paisagístico e botânico, povoado por árvores que impressionam pelo seu porte monumental, a destacar as árvores da borracha australiana, arancárias, bambus gigantes, etc.
Quanto ao jardim de SantÁna é património natural e histórico da região e do país, enquanto exemplo da arte paisagística de iotocentos. O Palácio de SantÁna de arquitetura neoclássica é Sede de Presidência do Governo Regional dos Açores. Destacam-se ainda a horta e as estufas.






















































Jardim António Borges




O Miradouro do Pisão possibilita uma panorâmica sobre a zona de veraneio da Caloura.


É obrigatório parar em Vila Franca do Campo e provar as queijadas Morgado de tradição secular, são macias, suculentas e docinhas. Ideais para oferecer a quem ficou no continente.


O Parque e Jardim Botânico Terra Nostra é um sitio idílico, com um lago, caminhos sinuosos, flores exóticas e árvores centenárias. A diversidade de flora e a arquitetura paisagística dos jardins faz com que nos perdamos vezes sem conta nos recantos dos jardins que são maravilhosos. Tem uma piscina com água termal que ronda os 35 a 40 graus centígrados. A nascente termal que alimenta o tanque deste parque, proporciona uma sensação de repouso e relaxamento.
O local é utilizado para tomar banho durante todo o ano e é delicioso tomar banho nesta água. Quanto à cor, não é sujidade: como a água é muito rica em ferro, fica com esta tonalidade.





















O Vale das Furnas situa-se no concelho de Povoação.Esta enorme caldeira hoje transformada num jardim, num ambiente em que tudo se mistura com uma exuberante vegetação originária dos mais diversos continentes. As caldeiras são manifestações vulcânicas, de onde brota água fervente e lamas. Na vila das Furnas podemos visitar livremente as diversas fumarolas e caldeiras, bem como várias nascentes de águas termais. O cheiro a enxofre domina o ar ambiente e o vapor de água a borbulhar da terra completam a paisagem invulgar. A água que brota das fontes é gaseificada e cada uma com um aroma único.
A Gastronomia nas Furnas é muito conhecida. O povo tem por costume cozer na caldeira uma grande variedade de pratos, destacando-se o cozido, que depois de serem colocados na panela os diversos ingredientes (seguindo uma ordem), irão cozer durante cinco horas. Os bolos lêvedos são uma espécie de panquecas altas que podem ser apreciadas simples ou acompanhadas com doce ou manteiga.Manda a tradição que sejam confeccionados em sertã de barro sobre lume de lenha.









Do Miradouro Pico do Ferro tem-se uma panorâmica da Lagoa das Furnas.




A Gorreana é a mais antiga plantação de chá da Europa. O chá chegou aos Açores no final do século XIX, numa altura em que surgiu a necessidade de novas fontes de rendimento na agricultura, como alternativa para a crise na produção de laranja. O clima era favorável e havia mão de obra. Sob a orientação de dois mestres Chineses, deu-se início à produção de chá em São Miguel. Trata-se de um negócio de família que começou quando se vendeu a primeira produção de chá sob a chancela Gorreana. É um produto orgânico, escolhido à mão e isento de químicos. Uma visita à Fábrica da Gorreana para perceber o processo de transformação do chá finalizando com a prova de chás. A melhor parte foi passear pelos extensas plantações de chá, dispostas em socalcos, a perder de vista até ao mar. 












O Miradouro de Santa Iria situa-se perto de Porto Formoso, nos arredores da Ribeira Grande. Este miradouro espelha a verdejante beleza da ilha e pode-se apreciar a beleza da costa norte vislumbrando as plantações de chã.



Uma das vistas mais belas dos Açores é a partir do Miradouro da Candelária.





Do Miradouro da Vista do Rei pode-se admirar a lagoa das Sete Cidades e perceber o encanto da sua Lenda. A Lenda da princesa e do pastor no reino das sete cidades é uma tradição oral da ilha de São Miguel. Conta a lenda que os reis desta terra encantada tinham uma linda filha que não gostava de se sentir presa entre as muralhas do castelo e saía todos os dias para os campos. Adorava o verde e as flores, o canto dos pássaros, o mar no horizonte. Passeava-se pelas aldeias, pelos montes e pelos vales.Durante um dos seus passeios pelos campos conheceu um pastor, filho de gente simples do campo que vinha do trabalho com os seus rebanhos. Conversaram quase toda uma tarde das coisas da vida, e viram que gostavam das mesmas coisas. Dessa conversa demorada veio a nascer o amor e passaram a encontrar-se todos os dias, jurando amores eternos.No entanto a princesa já com o destino traçado pelos seus pais, tinha o casamento marcado com um príncipe de um reino vizinho. E quando o seu pai soube desses encontros com o pastor, tratou de os proibir, concedendo-lhe no entanto um encontro derradeiro para a despedida. Quando os dois apaixonados se encontraram pela última vez, choraram tanto que junto aos seus pés aos poucos foram crescendo duas lagoas. Uma das lagoas, com águas de cor azul, nasceu das lágrimas derramadas pelos olhos também azuis da princesa. A outras, de cor verde, nasceu das lágrimas derramadas dos olhos também verdes do pastor. Para o futuro ficou, reza a lenda, que se os dois apaixonados não puderam viver juntos para sempre, pelo menos as lagoas nascidas das suas lágrimas ficaram juntas para sempre, jamais se separaram.




Fazendo o percurso para a vila das Sete Cidades passa-se no miradouro da lagoa verdejante de Santiago. Situa-se na Serra Devassa e fica pertinho da Lagoa das Sete Cidades. A Lagoa de Santiago ocupa uma cratera vulcânica, bem visível no próximo Miradouro da Lagoa do Canário, de onde se tem um panorama de beleza ímpar, imagem pura do melhor que todo o verdejante Arquipélago dos Açores tem para oferecer a quem tem a sorte de o contemplar. Fazer todo este percurso é maravilhoso.



A vila das Sete Cidades encontra-se dentro de uma caldeira de 5Km de diâmetro. Contém duas lagoas geminadas, a Lagoa Verde e a Lagoa Azul. Ligadas por um canal pouco profundo atravessado por uma ponte baixa sobre a qual passa a estrada de acesso à freguesia das Sete Cidades. A Lagoa está rodeada de verdejantes campos de cultivo, emoldurada por encostas escarpadas da cratera vulcânica, constituem uma paisagem fascinante. No interior da caldeira, a povoação das Sete Cidades apresenta casas de arquitetura popular, a igreja de São Nicolau, verdejantes pastagens e um pitoresco jardim com magníficas árvores. A caldeira das Sete Cidades é o maior lago de água doce dos Açores. 









A Ribeira Grande conserva um conjunto arquitetónico tipicamente micaelense, de construções em basalto, com janelas e decorações originais.O jardim que se estende ao longo da ribeira, chamado de jardim do Paraíso, está decorado com antigos moinhos. Pode a partir daqui ver-se a ponte dos oito arcos.


Depois de percorrido um caminho que serpenteia por uma densa vegetação, encontra-se uma série de pequenas piscinas e poças de água termal aquecidas pela atividade vulcânica que vêm acompanhadas de um forte cheiro a enxofre. Embora em algumas zonas a água esteja demasiado quente noutras a temperatura é bem mais agradável sendo possível tomar banho. É a zona da Caldeira Velha. A Caldeira Velha situada na Ribeira Grande é uma ribeira de águas tépidas, onde um pequeno lago convida a um banho relaxante e reparador, debaixo de uma mata povoada de fetos arbóreos. Esta caldeira é um importante campo fumarólico: fumarolas, zonas de desgaseificação e uma nascente de água termal, onde uma cascata de água quente seguida de riacho estreito, escarpas rochosas e uma vegetação luxuriante completam a paisagem.








O Vulcão do Fogo deu forma ao grande maciço vulcânico da Serra de Água de Pau e na caldeira vulcânica nasceu a bonita Lagoa do Fogo que ocupa a cratera de um vulcão extinto, com cerca de 3km de diâmetro eestá rodeada por alguma vegetação original que a torna num local de rara beleza. 




Na Fajã de Baixo foi possível visitar uma plantação de ananases em estufa, com observação das várias fases de crescimento deste fruto e com a prova deste licor.




:)