Este ano na escola o Clube da Rádio pediu que fizéssemos flores em papel para oferecer a todas as mães ou melhor a todas as mulheres. Em cada flor vai um pequeno poema.
Um pouco mais de sol.. eu era brasa Um pouco mais de azul.. eu era além Para atingir, faltou-me um golpe de asa Se ao menos eu permanecesse aquém..
Assombro ou paz?? Em vão.. Tudo esvaído Num grande mar enganador de espuma E o grande sonho despertado em bruma O grande sonho.. ó dor!! .. quase vivido..
Quase o amor, quase o triunfo e a chama Quase o princípio e o fim, quase a expansão Mas na minha alma tudo se derrama Entanto nada foi só ilusão!!
De tudo houve um começo.. e tudo errou Ai a dor de ser.. quase, dor sem fim Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim Asa que se elançou mas não voou..
Momentos de alma que desbaratei Templos aonde nunca pus um altar Rios que perdi sem os levar ao mar Ânsias que foram mas que não fixei..
Se me vagueio, encontro só indícios Ogivas para o sol.. vejo-as cerradas E mãos de herói, sem fé, acobardadas Puseram grades sobre os precipícios..
Num ímpeto difuso de quebranto Tudo encetei e nada possuí Hoje, de mim, só resta o desencanto Das coisas que beijei mas não vivi..
Um pouco mais de sol.. e fora brasa Um pouco mais de azul.. e fora além Para atingir faltou-me um golpe de asa Se ao menos eu permanecesse aquém..!!
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Quase..
Um pouco mais de sol.. eu era brasa
Um pouco mais de azul.. eu era além
Para atingir, faltou-me um golpe de asa
Se ao menos eu permanecesse aquém..
Assombro ou paz?? Em vão.. Tudo esvaído
Num grande mar enganador de espuma
E o grande sonho despertado em bruma
O grande sonho.. ó dor!! .. quase vivido..
Quase o amor, quase o triunfo e a chama
Quase o princípio e o fim, quase a expansão
Mas na minha alma tudo se derrama
Entanto nada foi só ilusão!!
De tudo houve um começo.. e tudo errou
Ai a dor de ser.. quase, dor sem fim
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim
Asa que se elançou mas não voou..
Momentos de alma que desbaratei
Templos aonde nunca pus um altar
Rios que perdi sem os levar ao mar
Ânsias que foram mas que não fixei..
Se me vagueio, encontro só indícios
Ogivas para o sol.. vejo-as cerradas
E mãos de herói, sem fé, acobardadas
Puseram grades sobre os precipícios..
Num ímpeto difuso de quebranto
Tudo encetei e nada possuí
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi..
Um pouco mais de sol.. e fora brasa
Um pouco mais de azul.. e fora além
Para atingir faltou-me um golpe de asa
Se ao menos eu permanecesse aquém..!!
(Mário de Sá Carneiro)
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