Thursday, May 7, 2009

Dia da Mãe

O Amor de Mãe é para sempre.

Este ano na escola o Clube da Rádio pediu que fizéssemos flores em
papel para oferecer a todas as mães ou melhor a todas as mulheres.
Em cada flor vai um pequeno poema.


Dedico este poema à minha mãe:
"Ver o mundo num grão de areia
E o céu numa flor silvestre.
Ter o infinito na palma da sua mão.
E a eternidade em uma hora".
William Blake

1 comment:

  1. Quase..

    Um pouco mais de sol.. eu era brasa
    Um pouco mais de azul.. eu era além
    Para atingir, faltou-me um golpe de asa
    Se ao menos eu permanecesse aquém..

    Assombro ou paz?? Em vão.. Tudo esvaído
    Num grande mar enganador de espuma
    E o grande sonho despertado em bruma
    O grande sonho.. ó dor!! .. quase vivido..

    Quase o amor, quase o triunfo e a chama
    Quase o princípio e o fim, quase a expansão
    Mas na minha alma tudo se derrama
    Entanto nada foi só ilusão!!

    De tudo houve um começo.. e tudo errou
    Ai a dor de ser.. quase, dor sem fim
    Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim
    Asa que se elançou mas não voou..

    Momentos de alma que desbaratei
    Templos aonde nunca pus um altar
    Rios que perdi sem os levar ao mar
    Ânsias que foram mas que não fixei..

    Se me vagueio, encontro só indícios
    Ogivas para o sol.. vejo-as cerradas
    E mãos de herói, sem fé, acobardadas
    Puseram grades sobre os precipícios..

    Num ímpeto difuso de quebranto
    Tudo encetei e nada possuí
    Hoje, de mim, só resta o desencanto
    Das coisas que beijei mas não vivi..

    Um pouco mais de sol.. e fora brasa
    Um pouco mais de azul.. e fora além
    Para atingir faltou-me um golpe de asa
    Se ao menos eu permanecesse aquém..!!


    (Mário de Sá Carneiro)

    ReplyDelete