Açores
um paraíso no meio do mar
Em
pleno Atlântico, entre a América do Norte e a Europa, nove ilhas
formam o arquipélago dos Açores.Cada ilha tem as suas
especificidades com pormenores únicos que as distinguem, mas em
comum têm o verde dos campos e o azul do oceano como pano de fundo e
a beleza de uma natureza quase intocada. São um “pedaçinho do
céu”.
Cada
ilha é representada pela sua cor identificativa popularmente
atribuída: Santa Maria a ilha amarela, devido às giestas e clima
seco, São Miguel a ilha verde, devido aos seus pastos e matas,
Terceira a ilha lilás, devido às inúmeras glicínias, Graciosa a
ilha branca, devido às suas rochas claras, São Jorge a ilha
castanha, devido às rochas, Pico a ilha cinzenta, devido à falta de
vegetação da montanha, Faial a ilha azul, devido às inúmeras hortênsias, Flores a ilha rosa, devido às inúmeras azáleas e o
Corvo a ilha negra, devido aos rendilhados de muro de pedra preta.
O
tempo foi pouco para descobrir quatro das nove ilhas que formam o
arquipélago.
A
aventura começa na ilha de S. Miguel
Ponta
Delgada é uma cidade plana, desenvolvendo-se paralelamente à baía
natural sobre a qual se debruça. É uma amálgama de estilos e
concepções urbanísticas. As
Portas da cidade
localizam-se na freguesia de São Sebastião no concelho de Ponta
Delgada, e
são constituídas por três grandes e perfeitos arcos. No
centro apresentam o brasão das armas da cidade, executados em
cantaria de pedra basáltica, típica da região.
Diz-se
que
quem
passar pelo arco do meio vai ficar apaixonado pelas ilhas para
sempre.
Docinhos
deliciosos na pastelaria Louvre.
Os
jardins (parques botânicos) – jardim José do Canto, Jardim de
SantÁna e o Jardim António Borges merecem uma visita e um olhar
atento.
A
história deste belo parque botânico - José do Canto - começou
com um dos mais abastados homens de S.Miguel, José do Canto e a sua
paixão pela natureza. Encomendou em Londres a planta para o parque,
angariou espécies exóticas para o se jardim. Hoje em dia continua a
ser um espaço de grande interesse paisagístico e botânico, povoado
por árvores que impressionam pelo seu porte monumental, a destacar
as árvores da borracha australiana, arancárias, bambus gigantes,
etc.
Quanto
ao jardim de SantÁna é património natural e histórico da região
e do país, enquanto exemplo da arte paisagística de iotocentos. O
Palácio de SantÁna de arquitetura neoclássica é Sede de
Presidência do Governo Regional dos Açores. Destacam-se ainda a
horta e as estufas.
Jardim António Borges
É
obrigatório parar em Vila Franca do Campo e provar as queijadas
Morgado de tradição secular, são macias, suculentas e docinhas.
Ideais para oferecer a quem ficou no continente.
O
Parque e Jardim Botânico Terra Nostra é um sitio idílico, com um
lago, caminhos sinuosos, flores exóticas e árvores centenárias. A
diversidade de flora e a arquitetura paisagística dos jardins faz
com que nos perdamos vezes sem conta nos recantos dos jardins que são
maravilhosos. Tem uma piscina com água termal que ronda os 35 a 40
graus centígrados. A nascente termal que alimenta o tanque deste
parque, proporciona uma sensação de repouso e relaxamento.
O
local é utilizado para tomar banho durante todo o ano e é delicioso
tomar banho nesta água. Quanto à cor, não é sujidade: como a água
é muito rica em ferro, fica com esta tonalidade.
O
Vale das Furnas situa-se no concelho de Povoação.Esta enorme
caldeira hoje transformada num jardim, num ambiente em que tudo se
mistura com uma exuberante vegetação originária dos mais diversos
continentes. As caldeiras são manifestações vulcânicas, de onde
brota água fervente e lamas.
Na
vila das Furnas podemos visitar livremente as diversas fumarolas e
caldeiras, bem como várias nascentes de águas termais. O cheiro a
enxofre domina o ar ambiente e o vapor de
água a borbulhar da terra completam a paisagem invulgar. A água que
brota das fontes é gaseificada e cada uma com um aroma único.
A
Gastronomia nas Furnas é muito conhecida. O povo tem por costume
cozer na caldeira uma grande variedade de pratos, destacando-se o
cozido, que depois de serem colocados na panela os diversos
ingredientes (seguindo uma ordem), irão cozer durante cinco horas.
Os bolos lêvedos são uma espécie de panquecas altas que podem ser
apreciadas simples ou acompanhadas com doce ou manteiga.Manda a
tradição que sejam confeccionados em sertã de barro sobre lume de
lenha.
Do
Miradouro Pico do Ferro tem-se uma panorâmica da Lagoa das Furnas.
A
Gorreana é a mais antiga plantação de chá da Europa. O
chá chegou aos Açores no
final do século XIX, numa altura em que surgiu a necessidade de
novas fontes de rendimento na agricultura, como alternativa para a
crise na produção de laranja. O clima era favorável e havia mão
de obra. Sob a orientação
de dois mestres Chineses, deu-se início à produção de chá em São
Miguel.
Trata-se de um negócio de família que começou quando
se vendeu a primeira produção de chá sob a chancela Gorreana. É
um produto orgânico, escolhido à mão e isento de químicos. Uma
visita à Fábrica da Gorreana para perceber o processo de
transformação do chá finalizando com a prova de chás. A melhor
parte foi passear pelos extensas plantações de chá, dispostas
em socalcos, a perder de vista até ao mar.
O
Miradouro de Santa Iria situa-se perto de Porto Formoso, nos
arredores da Ribeira Grande. Este miradouro espelha a verdejante
beleza da ilha e pode-se apreciar a beleza da costa norte
vislumbrando as plantações de chã.
Uma
das vistas mais belas dos Açores é a partir do Miradouro da
Candelária.
Do
Miradouro da Vista do Rei pode-se admirar a lagoa das Sete Cidades e
perceber o encanto da sua Lenda.
A Lenda da princesa e do pastor
no reino das sete cidades é uma tradição oral da ilha de São
Miguel. Conta a lenda que os
reis
desta
terra encantada
tinham
uma linda filha que não gostava de se sentir presa entre as muralhas
do
castelo e saía todos os dias para os campos.
Adorava o verde e as flores,
o canto dos pássaros,
o mar no horizonte. Passeava-se pelas aldeias,
pelos montes e pelos vales.Durante
um dos seus passeios pelos campos conheceu um pastor,
filho de gente simples do campo que vinha do trabalho com os seus
rebanhos. Conversaram quase toda uma tarde das coisas da vida, e
viram que gostavam das mesmas coisas. Dessa conversa demorada veio a
nascer o amor e passaram a encontrar-se todos os dias, jurando amores
eternos.No entanto a princesa já com o destino traçado pelos seus
pais, tinha o casamento marcado com um príncipe de um reino vizinho.
E quando o seu pai soube desses encontros com o pastor, tratou de os
proibir, concedendo-lhe no entanto um encontro derradeiro para a
despedida. Quando os dois apaixonados se encontraram pela última
vez, choraram tanto que junto aos seus pés aos poucos foram
crescendo duas lagoas. Uma das lagoas, com águas de cor azul,
nasceu das lágrimas derramadas pelos olhos também azuis da
princesa. A outras, de cor verde,
nasceu das lágrimas derramadas dos olhos também verdes do pastor.
Para o futuro ficou, reza a lenda, que se os dois apaixonados não
puderam viver juntos para sempre, pelo menos as lagoas nascidas das
suas lágrimas ficaram juntas para sempre, jamais se separaram.
Fazendo
o percurso para a vila das Sete Cidades passa-se no miradouro da
lagoa verdejante de Santiago. Situa-se
na Serra Devassa e fica pertinho da Lagoa das Sete Cidades. A Lagoa
de Santiago ocupa uma cratera vulcânica, bem visível no próximo
Miradouro da Lagoa do Canário, de onde se tem um panorama de beleza
ímpar, imagem pura do melhor que todo o verdejante Arquipélago dos
Açores tem para oferecer a quem tem a sorte de o contemplar.
Fazer todo este percurso é maravilhoso.
A
vila das Sete Cidades encontra-se dentro de uma caldeira de 5Km de
diâmetro. Contém duas lagoas geminadas, a Lagoa Verde e a Lagoa
Azul. Ligadas por um canal pouco profundo atravessado por uma ponte
baixa sobre a qual passa a estrada de acesso à freguesia das Sete
Cidades. A Lagoa está rodeada de verdejantes campos de cultivo,
emoldurada por encostas escarpadas da cratera vulcânica, constituem
uma paisagem fascinante. No interior da caldeira, a povoação das
Sete Cidades apresenta casas de arquitetura popular, a igreja de São
Nicolau, verdejantes pastagens e um pitoresco jardim com magníficas
árvores. A caldeira das Sete Cidades é o maior lago de água doce
dos Açores.
A
Ribeira Grande conserva um conjunto arquitetónico tipicamente
micaelense, de construções em basalto, com janelas e decorações
originais.O jardim que se estende ao longo da ribeira, chamado de
jardim do Paraíso, está decorado com antigos moinhos. Pode a partir
daqui ver-se a ponte dos oito arcos.
Depois
de percorrido um caminho que
serpenteia por
uma densa vegetação, encontra-se
uma série de pequenas piscinas e poças de água termal aquecidas
pela atividade vulcânica que vêm acompanhadas de um forte cheiro a
enxofre. Embora
em algumas zonas a água esteja demasiado quente noutras
a
temperatura é bem mais agradável sendo
possível tomar banho. É
a zona da Caldeira Velha. A
Caldeira
Velha situada na Ribeira Grande é uma ribeira de águas tépidas,
onde um pequeno lago convida a um banho relaxante e reparador,
debaixo de uma mata povoada de fetos arbóreos. Esta caldeira é um
importante campo fumarólico: fumarolas, zonas de desgaseificação e
uma nascente de água termal, onde uma cascata de água quente
seguida de riacho estreito, escarpas rochosas e uma vegetação
luxuriante completam a paisagem.
O
Vulcão do Fogo deu forma ao grande maciço vulcânico da Serra de
Água de Pau e na caldeira vulcânica nasceu a bonita Lagoa do Fogo
que
ocupa
a cratera de um vulcão extinto, com cerca de 3km de diâmetro eestá
rodeada por alguma vegetação original que a torna num local de
rara beleza.
Na
Fajã de Baixo foi possível visitar uma plantação de ananases em
estufa, com observação das várias fases de crescimento deste fruto
e com a prova deste licor.
:)